Fui criada como católica, estudei em escola salesiana, fui anjo na procissão de Corpus Christ, fui anjo durante a coração de Nossa Senhora (nunca fui escolhida para coroar ou colocar o cedro, quem fazia isso era sempre alguma filha de ministro da eucaristia, coincidênica?!). Qdo na adolescênia ia à missa todo domingo, mas muito mais para fazer um social do que pela religiosidade em si, cheguei até a ir a alguns Maranatás, que são aqueles encontros de finais de semana entre jovens para louvar a Deus (eu ia, afinal TODAS as minhas amigas iam, era uma festa só!)
Amadureci, entrei na universidade, fui morar numa republica e entendi que não era preciso fazer só pq os outros faziam, e que era legal pensar diferente, ter ideias que não eram como a de seus amigos e ainda assim ser amigos, pois amigos não precisavam compartilhar da mesma opinião! A igreja ficou cada vez mais distante na minha vida, mas não a religião. Entrar em uma igreja católica me trazia paz, orar para Deus tb, mas àquele monte de regras... Ah as regras e dogmas, eram tão, mas tão distantes da minha realidade, e tão distantes daquilo em que eu acreditava. A verdade é que aquilo com o qual eu acreditava e concordava na religião católica existia em todas as demais religiões e filosofias de vida e tb estava presente na vida dos ateus, pois na verdade era muito mais uma questão de princípios morais do que religião em si.
Me casei, mas não na igreja. Gui é ateu. Até gostaria de ter me casado na igreja, mas creio eu que muito mais pelo glamour do que pela religião, do que pela benção do padre, pois para mim Deus está dentro de nós.
Engravidei, meu filho lindo nasceu e a vira e mexe minha família vem me perguntar sobre o batizado, qdo vai ser, quem serão os padrinhos... Padrinhos eu até tenho, mas marcar a data... Cada dia faz menos sentido tudo isso pra mim e pra ser bem sincera eu já não me considero católica. Podia até fazer como muita gente que conheço (não estou julgando e nem desmerecendo ninguém!) e pensar o que vai me custar agradar alguém que me ama, que eu batizo mas não preciso realmente criar meu filho como um católico praticante, pois no final é ele mesmo quem vai decidir. Talvez se minha avó fosse viva eu até batizaria apenas para agradá-la, para deixá-la feliz, mas esse não é mais o caso. Podia também continuar seguindo o fluxo e batizar por batizar, batizar pq todo mundo que eu conheço batiza, mas tb não é mais o caso, pois há muito, mas muito tempo aprendi que não preciso ser igual a todo mundo só para ser aceita. Batizar para agradar meus pais? Tb não é o caso, afinal meus pais são jovens e por maior que seja o meu respeito e amor por eles não acho que precisse fazer as coisas apenas do jeito que eles julgam ser o certo.
O que realmente eu sinto e penso qdo esse assunto de batismo surge é: como posso querer introduzir meu filho em uma religião que pensa tão diferente de mim? Como apresentar meu filho a uma religião que diz que homoxessualismo é doença, que sexo é pecado, que sexo é só para procriação (por prazer é coisa do diabo!), que é contra o divórcio, que é contra a legalização do aborto (que pra mim é uma questão de saúde pública acima de tudo), que é criacionista (logo eu darwinista de carteirinha!!!!), que acha que família é pai, mãe e filho (nada de dois pais ou duas mães e filho) e que acima de tudo se faz de cega perante a pedofilía que acontece dentro dela?
Meus próprios pais são divorciados, já refizeram a vida, tem seus novos amores, ou seja tudo pecador desmerecedor do céu de acordo com o catolicismo e ainda assim fazem questão do batizado! Juro que não entendo. Para mim religião é algo para te fazer bem, fazer bem para o espírito e não para te punir, pois que mal há em tentar ser feliz de novo? Nem sempre a gente acerta de primeira né?! Ou qual o problema em menina com menina e menino com menino? Qual o problema com o sexo, afinal se não fosse por ele nós nem estaríamos aqui! E pq ora bolas a gente tem que ter vindo da costela de Adão?
Vc pode até dizer que nenhuma religião é perfeita e que eu devia levar em consideração apenas as coisas boas que ela me oferece, mas para mim isso não basta mais, pois não dá (pra mim) essa coisa de ser católico morno, pois se for pra ser assim prefiro ser uma pessoa espiritualizada, que crê em Deus, que crê no divino, que crê em uma entidade superior, que procura sempre fazer o bem para o próximo, que gosta de orar ou mesmo meditar para se sentir em paz, mas sem ter que me rotular como pertencente a determinada religião.
Enfim, não batizar é algo cada vez mais real, mas ainda não bati o martelo e pode ser que depois de todo esse blá blá blá eu volte atrás. Mas pensa comigo colega, o filho católico de um ateu/judeu/muçulmano/agnóstico/qq outra crença ou religião deixaria de batizar o filho apenas para agradar alguém?
Amadureci, entrei na universidade, fui morar numa republica e entendi que não era preciso fazer só pq os outros faziam, e que era legal pensar diferente, ter ideias que não eram como a de seus amigos e ainda assim ser amigos, pois amigos não precisavam compartilhar da mesma opinião! A igreja ficou cada vez mais distante na minha vida, mas não a religião. Entrar em uma igreja católica me trazia paz, orar para Deus tb, mas àquele monte de regras... Ah as regras e dogmas, eram tão, mas tão distantes da minha realidade, e tão distantes daquilo em que eu acreditava. A verdade é que aquilo com o qual eu acreditava e concordava na religião católica existia em todas as demais religiões e filosofias de vida e tb estava presente na vida dos ateus, pois na verdade era muito mais uma questão de princípios morais do que religião em si.
Me casei, mas não na igreja. Gui é ateu. Até gostaria de ter me casado na igreja, mas creio eu que muito mais pelo glamour do que pela religião, do que pela benção do padre, pois para mim Deus está dentro de nós.
Engravidei, meu filho lindo nasceu e a vira e mexe minha família vem me perguntar sobre o batizado, qdo vai ser, quem serão os padrinhos... Padrinhos eu até tenho, mas marcar a data... Cada dia faz menos sentido tudo isso pra mim e pra ser bem sincera eu já não me considero católica. Podia até fazer como muita gente que conheço (não estou julgando e nem desmerecendo ninguém!) e pensar o que vai me custar agradar alguém que me ama, que eu batizo mas não preciso realmente criar meu filho como um católico praticante, pois no final é ele mesmo quem vai decidir. Talvez se minha avó fosse viva eu até batizaria apenas para agradá-la, para deixá-la feliz, mas esse não é mais o caso. Podia também continuar seguindo o fluxo e batizar por batizar, batizar pq todo mundo que eu conheço batiza, mas tb não é mais o caso, pois há muito, mas muito tempo aprendi que não preciso ser igual a todo mundo só para ser aceita. Batizar para agradar meus pais? Tb não é o caso, afinal meus pais são jovens e por maior que seja o meu respeito e amor por eles não acho que precisse fazer as coisas apenas do jeito que eles julgam ser o certo.
O que realmente eu sinto e penso qdo esse assunto de batismo surge é: como posso querer introduzir meu filho em uma religião que pensa tão diferente de mim? Como apresentar meu filho a uma religião que diz que homoxessualismo é doença, que sexo é pecado, que sexo é só para procriação (por prazer é coisa do diabo!), que é contra o divórcio, que é contra a legalização do aborto (que pra mim é uma questão de saúde pública acima de tudo), que é criacionista (logo eu darwinista de carteirinha!!!!), que acha que família é pai, mãe e filho (nada de dois pais ou duas mães e filho) e que acima de tudo se faz de cega perante a pedofilía que acontece dentro dela?
Meus próprios pais são divorciados, já refizeram a vida, tem seus novos amores, ou seja tudo pecador desmerecedor do céu de acordo com o catolicismo e ainda assim fazem questão do batizado! Juro que não entendo. Para mim religião é algo para te fazer bem, fazer bem para o espírito e não para te punir, pois que mal há em tentar ser feliz de novo? Nem sempre a gente acerta de primeira né?! Ou qual o problema em menina com menina e menino com menino? Qual o problema com o sexo, afinal se não fosse por ele nós nem estaríamos aqui! E pq ora bolas a gente tem que ter vindo da costela de Adão?
Vc pode até dizer que nenhuma religião é perfeita e que eu devia levar em consideração apenas as coisas boas que ela me oferece, mas para mim isso não basta mais, pois não dá (pra mim) essa coisa de ser católico morno, pois se for pra ser assim prefiro ser uma pessoa espiritualizada, que crê em Deus, que crê no divino, que crê em uma entidade superior, que procura sempre fazer o bem para o próximo, que gosta de orar ou mesmo meditar para se sentir em paz, mas sem ter que me rotular como pertencente a determinada religião.
Enfim, não batizar é algo cada vez mais real, mas ainda não bati o martelo e pode ser que depois de todo esse blá blá blá eu volte atrás. Mas pensa comigo colega, o filho católico de um ateu/judeu/muçulmano/agnóstico/qq outra crença ou religião deixaria de batizar o filho apenas para agradar alguém?
É Bá, questão complexa que só você e o Gui podem decidir hoje. Estou aqui, sempre disposta a ouvir e falar sobre essas idéias e sabe o que penso sobre o Batismo, ou não?
ResponderExcluirBeijos mil com muito amor e saudades de vocês!
Fa